Hora de superar sua herança escravocrata e mudar sua visão sobre o luxo.
O preconceito contra o mercado de luxo no Brasil vai além de simples valores ou gosto pessoal; ele está profundamente enraizado em nossa história de desigualdade, moldada pela colonização e pela escravidão. Esse contexto histórico nos deixou com uma visão distorcida do luxo, que muitas vezes é visto apenas como ostentação e extravagância.
A verdade é que ainda não conseguimos valorizar o trabalho minucioso, o artesanato de excelência, os estudos profundos e a inovação que estão no coração do verdadeiro luxo. Artesãos que dedicam suas vidas à perfeição de técnicas tradicionais, designers que investem em pesquisa e inovação, e marcas que preservam o patrimônio cultural são injustamente rotulados como elitistas.
Esse preconceito persiste porque continuamos a ignorar o valor cultural e econômico que o luxo pode trazer. Não se trata apenas de consumir itens caros, mas de reconhecer a importância do trabalho humano, da história e da cultura que eles representam. Ao desafiar essas visões limitadas, podemos começar a ver o luxo como uma celebração da criatividade, do conhecimento e da qualidade, que contribui para o enriquecimento da sociedade como um todo.