O novo luxo: Experiências, tradição e conexão emocional...

Nos últimos anos, as marcas de luxo têm expandido seus horizontes para além de produtos icônicos e atemporais, já falamos bastante sobre isso aqui.

Faz alguns anos que estamos testemunhando um movimento estratégico onde cafés, restaurantes e experiências sensoriais estão se tornando parte integrante das estratégias dessas marcas. Mas por que isso está acontecendo?

Um dos motivos é o cenário econômico global desafiador, que impacta diretamente o consumo de bens de luxo. Com o poder aquisitivo de muitos mercados sendo pressionado, as marcas precisam se reinventar para continuar relevantes. Apostar em experiências como cafés e restaurantes não só amplia os pontos de contato com os consumidores, mas também reforça a conexão emocional com a marca, oferecendo um universo imersivo e aspiracional.

Além disso, a personalização e a valorização das tradições se destacam. Em um momento em que os consumidores buscam autenticidade e exclusividade, essa combinação de herança, inovação e experiência tem um apelo irresistível.

Por outro lado, o aumento da presença das marcas no universo dos pets reflete uma mudança cultural importante: o crescimento do mercado pet de luxo. Muitos consumidores tratam seus animais de estimação como membros da família, o que abre espaço para produtos e serviços de alto padrão nesse segmento. Mas tem marcas que já sabem disso desde sempre, um exemplo fascinante é a Goyard, que há mais de 150 anos oferece produtos para pets em uma loja exclusiva para isso em Paris.

Essas iniciativas refletem o futuro do mercado de luxo: menos foco em "posse" e mais em "experiência". À medida que as problemáticas econômicas globais continuam a pressionar o consumo de bens, essas estratégias mostram que o luxo não é apenas sobre "o que se tem", mas sobre "como se vive".

Quais são seus pensamentos sobre esse movimento no mercado de luxo?
Fotos tiradas por mim: Loja Pet Goyard em Paris, produtos Pet na Tiffany´s NYC, Café Dior em Saint-Tropez.